ESTRELINHAS
Entre as árvores desta mata
Nós os dois aqui sozinhos
Os corpos muito juntinhos
Num ardor que os arrebata.
Sob as folhas tão verdinhas
E o sol que nos ilumina
Tu rapaz e eu menina
Já só vemos estrelinhas.
A minha mão predadora
Enfurece o teu desejo
Que se espraia e num lampejo
Me penetra sem demora.
Estrelas ganham tamanho
Tornando-se mais brilhantes
E vão crescendo os rompantes
Da sede que em mim contenho.
A minha voz ciciada
Tremente cheia de espasmos
Acompanha extasiada
A convulsão dos orgasmos!