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VERSOS RIMADOS

Versos de amor, de crítica, de meditação, de sensualidade, criados ao sabor da rima e da métrica pelo autor do blog...

Versos de amor, de crítica, de meditação, de sensualidade, criados ao sabor da rima e da métrica pelo autor do blog...

AINDA O SILÊNCIO...



O silêncio distendido
Plas montanhas da cadeia
É somente interrompido
Pelos sinos duma aldeia.

Macio como o tecido
Sob a mão que acaricia
Desprende-se uma acalmia
Do silêncio bem urdido.

Mais abaixo intemporal
Do sol a luz reverbera
Dissolvendo a longa espera
No silêncio natural.

Não o silêncio mediano
Vertido em linhas prosaicas
Quais religiosas laicas
Que o santo tornam profano.

Resultado da atitude
Livre de loquacidade
O silêncio a virtude
Perene de novidade...

VERSO MAIOR



Dos versos será maior
O verso mais inspirado
Que torne purificado
O sangue do meu amor.

Nas veias corre comigo
O sangue dum corpo irmão
Que inundou meu coração
De amor puro que bendigo.

Não tenho medo da vida
Protegido como estou
Deste amor que me salvou
A alma quase perdida.

São apenas distorcidas
Lamúrias que faço às vezes
Não são grandes os revéses
Nem as horas são perdidas.

Já não conheço a tristeza
Que me invadia outrora
Dentro de mim nasce agora
Uma nova natureza!

PERGUNTAS



Às vezes surgem perguntas
Difíceis de responder
Respostas pode haver muitas
Poucas a esclarecer...

Mas se houver sinceridade
Não se inventa uma resposta
A quem pergunta desgosta
Que lhe faltem à verdade.

Uma resposta conselho:
Leituras em português
São as de Paulo Coelho
Bem escritas duma vez;

Diferem do razoado
Que usam nas telenovelas
--- Português de nenhum lado
Que à língua só traz sequelas...

Eis aqui um bom exemplo
De ideias no horizonte
Palavras ontem a monte
Hoje versos que contemplo!

EIS O MEU LAMENTO



Ai de mim, ai de mim!
A luz cai do céu
O leão entre os homens caiu
Quando ele erguia a sua espada
Mil guerreiros tremiam
Quando ele abria a mão
Ela derramava oiro como as areias do mar
Quando ele exultava
A sua luz resplandecia sobre nós como o sol
Como o ciclone varrendo as montanhas
Ele avançava para a guerra
Como a tempestade derrubando as imensas árvores da floresta
Ele avançava para a batalha
O seu escudo era um telhado forte protegendo o seu povo
As trevas são o seu quinhão
A sua casa conhece a desolação
Ai de mim! Ai de mim! Ai de mim!