COM MÁSCARA
A serenidade mais fria
Porque subiu a outro plano
Dilacera a selvajaria
Com máscara de rosto humano.
A água límpida que corre
Duma nascente em terra pura
Refresca a alma que não morre
Como orvalho sobre a verdura.
Uma cúpula de pinheiro
Que nos enxerga lá do alto
Rasga a cortina do rasteiro
E põe a nu o que for falso.
A silva agreste surpreende
Os que caminham pelo mato
Agarra-lhes a roupa e prende
O passo veloz insensato.
Os sons articulados são
Uma mistura de venenos
Há homens inda mais pequenos
Que o latido de qualquer cão...