O brilho do sol na tua face
Na tua voz uma melodia
No teu trato sem disfarce
Encontro a pura simpatia.
No teu andar a dança de balet
No teu abraço um elo de amor
Entre nós uma imensa fé
Que nos leva seja aonde for.
Nos ares de Primavera
pássaros em lua de mel
esvoaçam à nossa beira
Qual desenho em folha de papel.
Nas árvores a ramagem
sacudida pelo vento
Junta perfume na aragem
Que envolve o nosso entendimento.
Os dias correm velozes
No seu escoar eterno
O sussurro das nossas vozes
Ameniza o nosso Inverno!
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Eram fortes e valentes
Corajosos e destemidos
Eram nobres combatentes
Que nunca foram vencidos.
Com inabalável destreza
Em suas guerras combatiam
Semeando mais pobreza
Onde as guerras decorriam.
São os eternos guerreiros
Carrascos da raça humana
São também os mensageiros
Da fé sacra e da profana.
São os fulanos de sucesso
Vígaros a torto e a eito
Inimigos do progresso
Que usam em seu proveito.
Seja de deus ou de satanás
Esta escória enobrecida
Cheia de gula voraz
É negação da própria vida!
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A mentira estampada na cara
De quem se vê que vai mentir
A verdade uma coisa rara
Nos que se querem iludir.
Ouço falar de muitas cousas
Mas poucas são as que me atraem
Andam por 'i tantas rapousas
Negando as uvas que não caem.
Sinto no ar uns sons estridentes
Que em meus ouvidos achocalham
Vozes parecendo que ralham
Com os que nunca estão presentes.
São pessoas já sem raízes
Fora do desenvolvimento
Trazem na alma as cicatrizes
Que não sararam com o tempo.
Tergiversam às escondidas
Camufladas em si mesmas
Quase sempre desentendidas
Lentas como se fossem lesmas!
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A liberdade desejada
Quando serve pra maus usos
É uma ideia repassada
De sentimentos confusos.
A liberdade que labor!
Dos que lutam com esperança
A liberdade um penhor
Que só recua quando avança...
A liberdade como ela dói
usurpada por ditadores
Uma mágoa que corrói
O coração dos lutadores.
A liberdade o contrasre
Do céu nublado ao com Sol
Liberdade fim do desastre
Em países de um longo rol.
Liberdade minha alegria
De Abril que a viu nascer
Liberdade a companhia
Além do dia em que eu morrer!
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São úteis os dóceis burros
Uns bons animais de carga
Mas fechados nos seus curros
Não prestam eles pra nada.
Os burros de duas patas
Que só para carga servem
Andando sem arreatas
Carga e burros lá se perdem.
Uma filha tem a burra
E a dona uma filhota
Qual das duas é que zurra
Pergunta alguém na chacota.
Neste mundo arremendado
De gente e burros a monte
Anda tudo misturado
Como água duma só fonte.
Bate a suja água em pedras
Lavadinhas com requinte
Foge de rabo entre as pernas
Temendo que alguma a limpe.
Os burros compram de tudo
Até cartas de guiar
Se algum comprou um canudo
Não é nada de espantar !!!