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VERSOS RIMADOS

Versos de amor, de crítica, de meditação, de sensualidade, criados ao sabor da rima e da métrica pelo autor do blog...

Versos de amor, de crítica, de meditação, de sensualidade, criados ao sabor da rima e da métrica pelo autor do blog...

UM SONHO



Vi um sonho a correr
Um sonho a crescer
Um sonho realidade
Não de bens a receber
Que possam enriquecer
senão a curiosidade.

Numa viagem diária
Que se torna já ordinária
Sem ser por necessidade
Percorro Lisboa a esmo
Enriqueço-me a mim mesmo
Redescobrindo os tesouros da cidade.

Sem roteiro programado
Ando por todo o lado
Aceito o que o acaso me traz
Emoções inexprimíveis
Momentos inesquecíveis
A tranquilidade da paz.

Muito tenho visto e revisto
Ainda assim não resisto
A passar mais uma vez
Chega ao ponto a fantasia
De confirmar a freguesia
Junto de um e outro Freguês.

Coisas que levarei um dia
Para aquela moradia
A que chamam eternidade
Por ora não penso na morte
Prefiro bendizer a sorte
de viver uma tal felicidade!

Súbito, único, lúdico, púlpito...



Versos anteriores vindo a trautear
Chegou à minha ideia de súbito:
Com esta palavra rima único
E outras não são fáceis de encontrar.

Isto vem dar razão ao que afirmo
Prova que não é só palavreado
Nem de manhã nem há bocado
Suspeitava do que agora rimo.

Eis que púlpito e lúdico vêm à colação
Os quais também rimam mais ou menos
Entro de novo em terrenos
De complicadíssima solução.

Esta é só ainda a  quarta
Das cinco quadras que me proponho
Da realidade ao sonho
Vai distância que se farta.

Não terá sido um grande tema
Entrar assim em poesias
Até parece um teorema
Das clássicas geometrias...

A PRESSA



Como aquelas nuvens se movem
Parecendo fazer uma corrida
Semelham as pessoas que correm
Com pressa de chegar ao fim da vida.

Tantas correrias convencidas
Duma pressa que só é aparente
Com a pressa perdem-se tantas vidas!
Com a pressa vive-se indiferente.

O mundo gira por fora
Duma atenção apressada
Corremos não vemos nada
Chegamos mas não é à hora.

São tantas as coisas belas
Que nos espreitam por aí
No céu olham-te as estrelas
E a terra espera por ti.

No mar as ondas que sobem
Convidam-te a segui-las
São esperanças que não morrem
E orientam as nossas vidas.