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VERSOS RIMADOS

Versos de amor, de crítica, de meditação, de sensualidade, criados ao sabor da rima e da métrica pelo autor do blog...

Versos de amor, de crítica, de meditação, de sensualidade, criados ao sabor da rima e da métrica pelo autor do blog...

A AFLIÇÃO

Vínhamos da nossa aldeia

A caminho da cidade

Sob a luz da lua cheia

No seu olhar vi ansiedade.

 

Num impulso repentino

Mais a mim se recostou

E ainda mais inclinou

O rosto com ar libertino.

 

Chegou ao fim da descida

E libertou o prisioneiro

Que já forçava a saída

Aflito no cativeiro.

 

Mal o fez sair da toca

sacudiu-o com a mão

E retirou-lhe a aflição

Com movimentos da boca...

 

FEZ DE PULSEIRA

Sem segundas intenções

Estávamos na bricadeira

Ela trajando de calções

Tinha as pernas à minha beira.

 

Por elas muito atraído

Acariciei-as com a mão

E logo fui invadido

Por uma forte excitação.

 

Com o seu braço apoiado

No meio das minha pernas

Ela sentiu-me excitado

Mas não se pôs com reservas.

 

Para coroar a brincadeira

Meteu a mão calças adentro

De lá sacou o rebento

E a sua mão fez de pulseira...

AS MARAVILHAS

No mundo há muitas maravilhas

Mas as melhores que conheço

São umas que não têm preço

As que tu comigo partilhas.

 

A deliciosa maravilha

Dos mimos que a tua mão me faz

A encantadora partilha

Do teu precioso lado de trás.

 

Os beijos que a tua boca espalha

Quando pelo meu corpo passeia

E finalmente ela encalha

Onde o corpo já se alteia.

 

E a maravilha mais perfeita

Que está na tua parte frontal

Onde se espraia satisfeita

A minha parte genital...

AS MORDOMIAS

Fora como uma faísca

Que logo me incendiou

Ao princípio muito arisca

Mas depois tudo mudou.

 

Até no dia de carnaval

Desde manhã ao entardecer

Ela levava tudo a mal

Nada me deixando fazer.

 

Mas o tempo bom conselheiro

Deu bem conta do recado

Ela abriu o mealheiro

E eu fiquei aliviado.

 

Transposta a principal porta

Seguiram-se as mordomias

passaram a letra morta

As reservas de outros dias...

IDEIA SINGELA

Pensei que ficava a salvo

De fazer-me só o que quer

Escondendo bem o alvo

Por detrás de um fecho éclair.

 

Adormeci e por azar

Acordando meio ensonado

Tinha o alvo aprisionado

Dentro de um outro lugar.

 

Levou avante a teimosia

Não é que isso me desgoste

Custa-me apenas que ela aposte

Sempre na mesma fantasia.

 

Se gosta de ser diferente

tenho uma ideia singela

Que me dê como um presente

O que tem escondido atrás dela...

DE PEÃO EM RISTE

Nas páginas do meu diário

Procurei apontamentos

Acerca de acontecimentos

Com algo de extrtaordinário.

 

Encontrei nalgumas delas

Relatos pouco vulgares

Como aquele de te debruçares

Á minha frente sobre as janelas.

 

Não trazendo nada sob a saia

Nestas mesmas ocasiões

Davas-me passagem à laia

De passadeira para peões.

 

Mas o mais invulgar consiste

Em que um dia muito matreira

Baixaste um pouco a passadeira

Que atravessei de peão em riste...

 

CHEIA DE ENCANTO

Passeando com uma amiga

Não era um sentir passageiro

Aquele forte formigueiro

Que me causava a rapariga.

 

Ao passar por um recanto

De todo não resisti

Apertei-a contra mim

Reagiu cheia de encanto.

 

Mãos no meu peito se baixou

Até onde muito bem quis

Com sofreguidão me beixou

E eu nunca fora tão feliz.

 

Porque me achava bom rapaz

Ela me disse à despedida

Vais saber do que sou capaz

na nossa próxima saída...

INSINUANTE

Mostrava-se insinuante

Mas só falando a brincar

Esperei sempre confiante

Que fosse além do falar.

 

No rosto trazia mistério

Nas faces a cor de rosa

E me falou muito a sério

E foi séria e espantosa.

 

Toda encostada ao meu peito

E de frente para mim

Pondo-a um pouco mais a jeito

Ela disse-me que sim.

 

As surpresas que me trouxe

Eram mais do que promessas

Umas vezes ajoelhou-se

Outras deitou-se às avessas...

UMA CANCELA

Delicado estendi-lhe a mão

Para ajudá-la a descer

Não havia outra intenção

Naquele meu proceder.

 

Mas fiquei a conhecê-la

E algum tempo depois

Em frente duma cancela

Conversávamos os dois.

 

Além da cancela havia

Um imenso arvoredo

Eu entrei e ela sem medo

Seguiu na minha companhia.

 

Atirando fora as chaves

Das entradas do museu

Não me pôs quaisquer entraves

E levou-me até ao céu...

FORMAS DIVERSAS

Quem me dera estar contigo

Como em tempos que já lá vão

Entrava a luz pelo postigo

Iluminando-te em acção.

 

Após as curtas conversas

Que nós dois tinhamos antes

Agias de formas diversas

Todas elas excitantes.

 

Em nenhuma situação

Ficava ausente a tua argúcia

Em tudo punhas a minúcia

De quem almeja a perfeição.

 

A tua mão muito expedita

E os teus afagos labiais

Antecediam a visita

A qualquer um dos teus quintais...

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