À BEIRA DO SADO
Estou aqui olhando o mar
Rio da minha cidade
Não sei quem o fez zangar
Com tanta animosidade.
Ondula-se numa fúria
Sob as rajadas do vento
tem uma cor de penúria
Que lhe vem do firmamento.
Ontem era azul marinho
E sob os raios solares
Prateava um caminho
Dos que encantam os olhares.
Amanhã já sem borrasca
Nova planície será
E a alegria que nos dá
Cada dia mais se alastra.
Amo o branco rendilhado
Desta baía tão linda
À beira do rio Sado
Eu nasci e vivo ainda!