A CRENÇA
Perscruto o Céu vespertino
Preso nas nuvens vermelhas
Nelas vejo mil centelhas
De quem lhes deu o destino!
Quem não sente a Natureza
Como obra do criador
Vive em corpórea pobreza
Barreira que impede o amor.
Veias em que corre o sangue
De Jesus, o Redentor,
São o fio condutor
Duma vida que se expande.
Só assim posso dizer
Que na alma frutifica
A semente que intensifica
O fruto do renascer.
Um mistério indecifrável
Que se esgueira entre mãos
A crença mais amorável
No coração dos cristãos!