O CONSCIENTE
Nem mesmo os mais imprudentes
Irão pra uma viagem
Sem que levem na bagagem
As coisas convenientes.
Em meio a quatro paredes
E numa fita magnética
Enleia-se numas redes
Uma cabeça patética.
Não será por altivez
Nem pra manter a distância
Que se fecha em tal mudez
Que até parece arrogância...
Bloqueia-a o consciente
Que a conhece muito bem
E vê que nela anda ausente
A ciência que convém.
Não difere do consciente
O cérebro que o contém
Se o cérebro está doente
O consciente também!
E oferece o que tem
Quem o seu coração abre
E nada deve a ninguém!