NO DESLIZAR DA PALAVRA
A pena nunca me assusta
Nem tão pouco a folha branca
Fiz-me homem à minha custa
A mim já nada me espanta.
No deslizar da palavra
Eu marco encontro comigo
E tudo aquilo que digo
São coisas da minha lavra.
Não temo as hesitações
Sei esperar o momento
As boas composições
Estão dentro do pensamento.
Boa é aquela hora
Que nos dá um bom sinal
Deitamos tudo pra fora
Sem que nada corra mal.
Bem ligadas as ideias
Desliza a pena veloz
Das palavras as cadeias
Nunca me deixam a sós.
As palavras e seus mundos
Combinados a preceito
Fazem-me enfunar o peito
De sentimentos profundos.
Por certo não sou poeta
Mas disto estou bem seguro
Meu viver é menos 'scuro
Graças a esta faceta!