NO CEMITÉRIO
Só pode ser bruxaria
Soavam vozes no ar
A uma hora tardia
Incomum em tal lugar.
Era junto ao cemitério
Onde jaziam as almas
Horas infindas e calmas
Até surgir o mistério.
O grupo cheio de medo
Ficou do lado de fora
Não desvendou o segredo
De que vou falar agora.
Uma noite com gemidos
Saciada atrás dum jazigo
Quem eram? caros amigos!
Se o disser eu corro perigo...
Havia um vulto alto e escuro
De colar branco ao pescoço
Se era quem pensam não juro
Dos dois um vi que era moço...