AS HORAS BOAS
A carícia que fazes no meu rosto
O beijo que deposito na tua testa
São o limar de uma nefasta aresta
Que nos houvera um pouco indisposto.
Não sei por que razão às vezes corre mal
O que entre nós é sempre tão forte
Que me pergunto se um dia a própria morte
Porá entre nós um ponto final.
Sabemos muito bem que não vale a pena
Nos indispormos por um quase nada
A vida é uma viagem tão pequena
Que chegará ao fim numa saltada.
Vejo que já tens os teus olhos húmidos
Talvez devido às palavras que não te digo
Mas sabes que terás em mim um braço amigo
Nos momentos felizes e nos infurtúnios.
Agora que estreitamente nos abraçamos
O pulsar tão unidos dos nossos corações
Diz-nos que no caminho por onde vamos
Serão mais as horas boas do que as maldições!