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VERSOS RIMADOS

Versos de amor, de crítica, de meditação, de sensualidade, criados ao sabor da rima e da métrica pelo autor do blog...

Versos de amor, de crítica, de meditação, de sensualidade, criados ao sabor da rima e da métrica pelo autor do blog...

BREJEIRICES



Esta brisa tão ligeira
Refresca-me o corpo no exterior
Mas o de dentro não há maneira
De curar os meus males de amor.

Conheci uma cachopa
Lá para os lados da Ribeira
Dancei com ela a noite inteira
Quase sempre na galhofa.

Nas andanças do amor
Pode haver cartas furadas
Os beijos só têm sabor
Se forem doces as namoradas.

Não lobriguei à saída
A moça que me espevitava
Da sua saia subida
O que vi muito me agradava.

Fui um dia ao ferro-velho
Que fica atrás da capela
feri num ferro o joelho
Acudiu-me uma donzela.

Se acaso Caires ao poço
Quer ele tenha água ou não
Não grites por mim, o moço!
Que não te darei a mão.

Não me peças uma corda
Só te darei uma linha
 Não fosses tu papa-açorda
Dar-te-ia outra coizinha.

Lembrei-me dos malmequeres
A que se arrancam as folhas
Se tu já não me queres
Por que razão para mim olhas?

Senão olhasse para ti
Seria porque era cego
Agora que te perdi
Estou perdido não nego.

Cada um é para o que nasce
Eu nasci para rimas ajustar
Se graça houver alguém que lhes ache
Já não me posso queixar !