O CONDENADO
A morte por dentro da própria vida
Traz consigo o condenado injustamente
Todos os dias faz a despedida
De ninguém e de toda a gente.
Os equívocos corrosivos dos corroídos
Que de humano só têm o tabernáculo
Roubam à vida todos os sentidos
Porque a razão lhes é um eterno obstáculo.
O pano cerzido com perfeição
Será sempre um pano remendado
Igual ao remendo da ilusão
Que ilude os juízes do condenado...