Trilogia
Para os lados do poente
Aonde o Sol se vai anichar
O céu azul todo contente
Bordeja as águas do mar.
Um acto sempre renovado
Desde manhã muito cedo
Quando o mar ainda ensonado
Abre os seus olhas a medo.
Uma viagem quotidiana
Sobre um trilho prateado
Um bordo verde outro azulado
Onde nem Sol nem mar se engana.
O Sol que ao meio dia
Está mais perto do céu
Não abandona a baía
Do rio Sado que o elegeu.
Atrás da serra refulgente
Longe da vista dos dois
Inclina-se o Sol poente
Que há-de voltar horas depois!