MEDITAÇÃO INSANA

No limiar duma esperança
Em frustrada tentativa
Perdi vontade e confiança
Sou uma nave à deriva.
Acrescentam-se as lonjuras
Que falta o discernimento
E perdem-se as conjecturas
No longínquo firmamento.
Numa rota circular
Eu vagueio navegando
Sem nunca mais encontar
O que busco meditando
Uma forte tempestade
Turbulenta, agitadora,
Potente, avassaladora
Leva-me à insanidade
Na vulgar vida mundana
Já procuro o refrigério
Prá meditação insana
Toda cheia de mistério.