CAMINHANDO E RIMANDO
Este azul do rio Sado
Em Lisboa eu não vejo
Nas águas do rio Tejo
Dito muito iluminado.
A encosta imponente
Mira a baía do rio
Cuja planura é frequente
Do Outono ao estio.
Uma poupa sobre a relva
Um espécime pouco visto
Entre as ervas uma acelga
Pormenores que registo.
O cheirinho a alfazema
Tal como o do alecrim
Que vêem deste jardim
Dizem que andar vale a pena.
Onde quer que tenha ido
Tudo é sempre como novo
Nada é jamais repetido
Na cidade ou no povo.
Caminhando e rimando
Sobre o que o olhar alcança
Renovo minha esperança
Nos dias que vão chegando!