UM POBRE DE CRISTO
E assim os dias lá vão
Enfiados um a um
Não sei se dias em vão
Se dias com fim algum.
Iguais não serão penso eu
Ainda que repetidos
Diferentes são sempre o céu
Os silêncios e os ruídos.
E o vento tão imprevisto
E as nuvens que vão e vêm
sendo eu um pobre de cristo
Creio no que muitos crêem.
E a esperança renascerá
Apesar dos sobressaltos
Nenhuma vida é tão má
Que não tenha pontos altos!